fiz um contrato de paz

Chega uma hora você cansa do samba, do cheiro do cigarro, do gosto amargo de viver brigando. Às vezes é melhor caminhar só, ficar sem procurar por três dias, esperar o outro vim, do que ir. Brigas, arranhões e palavrões. Depois vem o sexo, o pedido falso de desculpa. Quantas vezes você pede desculpa para não brigar mais? Quantas vezes o sentido de desculpa foi, vou engolir o que eu penso para não render discussões? O que importa um câncer de pele ou uma masturbação frustrada? Quando é que a masturbação torna-se um distúrbio? Quando é que o sexo torna obrigatório? Quando é preciso ver mais três filmes por dia para não ligar? Estou esperando, e nem por isso vou atrás.

viver só até o encontro de um amor

Caminhei na chuva, fria e chorei escondido... em noite frias de chuva, um roteiro barato essa minha vida, pessoas, conhecidos e amigos. Um desastre amoroso, alguns dizem que é preciso amar a si mesmo antes, de amar alguém. Dizem tantas coisas. Eu amei mais a mim, como eu já amei mais a outra pessoa. É difícil reconhecer o fim, é estranho... mas na hora que a felicidade torna curta, os momentos de brigam só aumenta. A solidão de estar junto de alguém é pior do que a solidão sem alguém. Sou eu que estou só, eu que não estou me contentando, eu que não estou amando a situação, hoje eu sei que só amor é nada, é preciso muito mais do que isso. É difícil reconhecer, mas amor não é super-herói, eu sei que vou te amar a cada passo, a cada dia, a cada noite. Eu sei que você é uma das coisas mais linda que já vivi. Mas não me procure, eu serei frágil, se eu ligar não atenda! Todos os dias é esquecer, hoje eu opto para esquecer o opio de seus lábios, não quero viver minha tragédia grega. Quero um romance com direito a música francesa, não quero um relacionamento a distancia estando sempre perto de ti. Isso coroe, dói, eu me sinto cada vez mais solitário, e fico pensando que a culpa é minha. Que eu devo estar magoando-te... que eu não sei conquistar você. Que eu não sei te atrair, que não se sente bem comigo! Não é se fazer de vitima, é achar que um dia feliz... sem medo de amar ou magoar. Não quero fingir viver uma mentira tipo a do Vicente, nem quero deixar a mentira virar verdade e depois virar vida... é melhor pensar em coisas boas, em pessoas, em livros e filmes. Do que pensar no câncer, num relacionamento confuso e imaturo. Não quero viver a versão homo afetiva de “Quem tem medo de Virginia Woof?”, nunca quis. Prefiro a utopia de um casal perfeito para sempre.